História Local


                         

                        História das termas de são Pedro do sul


As termas de São Pedro do Sul situam-se no verdejante vale de Lafões emoldurada pelas belas serras da Arada, da Gralheira e de São Macário. São Pedro do Sul é sobretudo conhecido pelas suas termas, cujas águas minero-medicinais já eram usadas pelos romanos devido aos seus poderes curativos, e mais tarde, no século XII, frequentadas por Dom Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, que viria a conceder foral à vila.

As termas estão localizadas entre Vouzela e São Pedro do Sul, nas duas margens do Vouga. Situadas a uma altitude de 150 metros, o seu clima é suave. Conhecidas através da História e citadas em diversos documentos, o primeiro nome que se lhes refere foi o de Banho, e, mais tarde, o de Caldas de Lafões, sendo, no século XVIII, denominadas de Caldas do Banho. As suas águas são especialmente indicadas no tratamento de artroses, reumatismos articulares, gota, sequelas de traumatismos, afecções crónicas das vias respiratórias e em certas dermatoses.























                             

                   Termas romanas de São Pedro do Sul



 É verdade que, no presente momento, resta muito pouco das antigas termas romanas, que alguns apelidam igualmente de Castro do Banho, localizadas na Estrada Municipal entre Várzea e Serrazes, no cruzamento para Ferreiros, de acordo com os guias turísticos. Seja como for, é de fácil localização, pois situa-se no interior da povoação e, no momento em que nos deslocámos, há relativamente pouco tempo, estava em obras de valorização, de acordo com a placa presente no local, e a cargo do Instituto Português de Património Arquitectónico.

Em boa hora o fizeram, pois toda a área envolvente é de uma graciosidade extrema, junto ao rio que passa entre as duas margens, qual contador de histórias passadas que, aos ouvidos modernos, parece apenas o agitar das águas.
Sabemos que o povo romano, que por aqui esteve alguns séculos, tinha uma grande preocupação com a actividade física e com a higiene pessoal. Eram extremamente vaidosos e cuidavam de si de uma maneira que, a alguns dos olhos de hoje, não passa de miragem. Defendiam o lema de que uma mente sã só era possível num corpo são.


Ora, as termas romanas eram fundamentais para o cultivar deste estilo de vida - ainda actualmente, as termas representam, ao mesmo tempo, a saúde e a limpeza. Da estrutura coeva destas termas restam pouco mais que colunas e um amontoado de pedras, que os qualificados técnicos de restauração, irão, naturalmente, dar o melhor seguimento possível. Há vestígios de um tanque, de proporções médias, que serviria o complexo inteiro, com as suas escadas e, infelizmente, pouco mais. Sabe-se que D. Afonso Henriques ter-se-á vindo curar nestas mesmas termas, aproveitando as propriedades destas águas sulfúreas, sódicas, carbonatadas e silicatadas.


Relembre-se, a título de curiosidade, que Júlio César, e os seus exércitos, dominaram militarmente a Península Ibérica, cuja pacificação só se alcançou, através do Imperador Augusto, perto do considerado ano zero da nossa era. Os principais legados do povo romano foram, efectivamente, a língua (latim), as vias rodoviárias (sobre as quais assenta a maior parte das nossas estradas actuais) e a construção de diversos monumentos com fim lúdico, religioso ou prático (como as pontes).

         SÃO PEDRO DO SUL: Ruínas das termas romanas.

O que se conhece do espaço termal romano de S. Pedro do Sul situa-se num local aprazível junto da margem esquerda do Rio Vouga.

A cerca de 500 metros fica a nascente, de onde a água termal bicarbonatada, fluoretada, sulfidratada sódica e fortemente silicatada brota a 68,7°. O imóvel é propriedade da Câmara Municipal de São Pedro do Sul e encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1938.
O edifício, de fundação romana, manteve até hoje grande parte da sua estrutura primitiva. A sua contínua utilização como local de tratamentos termais, e a protecção dada pelos monarcas portugueses, ajudou a preservá-lo da destruição. Mesmo já neste século, e após de ter sido retirada a sua função primitiva ele foi ininterruptamente ocupado. Na década de 30 funcionou ali a escola primária, e nos anos 70 o espaço era utilizado como café. O abandono e degradação começaram nos anos 80, quando apenas servia de arrecadação de barcos.

No presente momento, resta muito pouco das antigas termas romanas. No momento da fotografia, estava em obras de valorização, de acordo com a placa presente no local, a cargo do Instituto Português de Património Arquitectónico.


Na nossa opinião, achamos que as termas estão a focar muito a população sénior, devido aos diversos tratamentos que oferecem para tratar problemas de ossos, problemas respiratórios etc.
Deveriam dar mais atenção á população júnior, criar mais actividades de entretenimento para os mais jovens, não só para as crianças mas também para os adolescentes.